quarta-feira, 23 de julho de 2014

Guia alimentar para crianças menores de dois anos

Boa noite meninas, hoje estou compartilhando um guia alimentar, bastante completo lançado pelo Ministério da Saúde. 
É importante ressaltar que o hábito alimentar de nossos filhos é formado por nós e por nossas escolhas. Nesta fase, vale muito a pena investir em uma alimentação saudável, pois influenciará a formação do paladar do pequeno, ofereça sempre os produtos mais naturais, menos industrializados!

Ministério da Saúde recomenda que bebês de até seis meses devem se alimentar exclusivamente com leite materno. Após esse período, o organismo da criança está preparado para receber alimentos além do leite. Para auxiliar os pais nessa tarefa e garantir uma alimentação saudável das crianças brasileiras menores de 2 anos, os profissionais da Atenção Básica contam com um guia elaborado pelo Ministério da Saúde. 
Os primeiros anos de vida são de intenso desenvolvimento. Por isso, deficiências nutricionais ou condutas inadequadas na alimentação podem prejudicar o crescimento das crianças e até resultar em morte ou sequelas futuras, como atraso escolar e desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.
Os 10 passos da alimentação saudável
Passo 1: Dê somente leite materno até os 6 meses de vida da criança, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento. O Leite materno contém tudo que a criança precisa nesta fase, inclusive água. O leite dos primeiros dias pós-parto, chamado de colostro, é produzido em pequena quantidade e é o leite ideal nos primeiros dias de vida, até para bebês prematuros, pelo seu alto teor de proteínas.
Passo 2: Ao completar 6 meses, introduza de forma lenta e gradual outros alimentos, como papa de frutas e para “salgada”, preparada com vegetais e com carne na consistência de purê. É muito importante manter o leite materno até os dois anos de idade ou mais, pois ele continua alimentando a criança e protegendo-a contra doenças. Com a introdução dos alimentos complementares é importante que a criança receba água nos intervalos. A água oferecida deve ser a mais limpa possível (tratada, filtrada e fervida). 
Passo 3: Ao completar 6 meses, os pais podem dar alimentos complementares, como cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes três vezes ao dia, composto também por grãos (cereais e feijões), e verduras. Complementa-se a oferta de leite materno com alimentos saudáveis que são mais comuns à região e ao hábito alimentar da família. Os alimentos complementares contribuem com o fornecimento de energia, proteína e micronutrientes, além de preparar a criança para a formação dos hábitos alimentares saudáveis no futuro.

Passo 4: A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança. Geralmente há uma expectativa muito maior sobre a quantidade de alimentos que as crianças necessitam comer. Assim, a oferta de um volume maior de alimentos que a capacidade gástrica da criança pequena, resulta na recusa de parte da alimentação, podendo causar ansiedade dos pais ou cuidadores. Por outro lado, no caso da criança maior, este comportamento pode ser um fator de risco para ingestão alimentar excessiva e sobrepeso da criança. Lembre-se que o tamanho da refeição está relacionado positivamente com os intervalos entre as refeições. Isto é, grandes refeições estão associadas a longos intervalos e vice-versa. É importante que o intervalo entre as refeições seja regular (2 a 3 horas).
Passo 5: A consistência da alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher. Gradativamente, os pais e cuidadores podem iniciar com a consistência pastosa (papas/purês), aumentando a consistência aos poucos até chegar à alimentação da família. Como a criança tem capacidade gástrica pequena e consome poucas colheradas no início da introdução dos alimentos complementares, é necessário garantir o aporte calórico com papas de alta densidade energética. As refeições, quanto mais espessas e consistentes, apresentam maior densidade energética (caloria/grama de alimento), comparadas com as dietas diluídas, do tipo sucos e sopas ralas.
Passo 6: Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida. Os nutrientes estão distribuídos nos alimentos de forma variada, e estes são classificados em grupos, de acordo com o nutriente que apresenta em maior quantidade. Por exemplo, no grupo das frutas o mamão é fonte de vitamina A e o caju é fonte de vitamina C. A oferta de diferentes alimentos, durante as refeições, como frutas e papas salgadas, vai garantir o suprimento de todos os nutrientes necessários ao crescimento e desenvolvimento normais. As carnes e o fígado, além de conter o ferro orgânico de alto aproveitamento biológico, facilitam a absorção do ferro inorgânico contido nos vegetais e outros alimentos, mesmo que adicionados em pequenas porções.
Passo 7: Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. A criança que desde cedo come frutas, verduras e legumes variados, recebe maiores quantidades de vitamina, ferro e fibras, além de adquirir hábitos alimentares saudáveis. As frutas, legumes e verduras são as principais fontes de vitaminas, minerais e fibras. Os alimentos do grupo dos vegetais podem ser, inicialmente, pouco aceitos pelas crianças pequenas. Normalmente, elas aceitam melhor os alimentos com sabor doce. É importante não substituir o almoço e jantar por refeições lácteas ou lanches. A criança deve receber uma preparação mais elaborada nesses horários.
Passo 8: Evite açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinho e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Também utilizar o sal com moderação. Já foi comprovado que a criança nasce com preferência para o sabor doce, portanto a adição de açúcar é desnecessária e deve ser evitada nos dois primeiros anos de vida. Essa atitude vai fazer com que a criança não se desinteresse pelos cereais, verduras e legumes, aprendendo a distinguir outros sabores.
Passo 9: Cuide da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados garante a saúde da criança. Os cuidados de higiene na preparação e na oferta dos alimentos evitam a contaminação e doenças como a diarreia. Os maiores problemas dessa ordem são a contaminação da água e alimentos, durante sua manipulação e preparo, inadequada higiene pessoal e dos utensílios, alimentos mal cozidos e conservação dos alimentos em temperatura inadequada. Os alimentos consumidos pela criança ou utilizados para preparar as suas refeições devem ser guardados em recipientes limpos e secos, em local fresco, tampados e longe do contato de moscas ou outros insetos, animais e poeira. As mãos devem ser bem lavadas com água e sabão, toda vez que for preparar ou oferecer o alimento à criança.
Passo 10: Estimule a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação. A criança doente precisa comer mais para não perder peso e recuperar-se mais rápido. Por isso, é importante manter a amamentação e oferecer os alimentos saudáveis de sua preferência. Por exemplo, a criança com infecção ingere menos alimentos pela falta de apetite, porque está vomitando ou porque sente cólicas e gasta mais energia devido à febre e ao aumento da produção de alguns hormônios e anticorpos. O aleitamento materno é a melhor e mais eficiente recomendação dietética para a saúde da criança pequena. O leite materno protege contra as infecções e contribui para que elas sejam menos graves, fornecendo agentes imunológicos eficazes e micronutrientes que são melhor absorvidos e aproveitados. Logo que a criança recupere o apetite os pais podem oferecer mais uma refeição extra ao dia, pois no período de convalescença o apetite da criança aumenta para compensar a inapetência da fase aguda da doença.

Bia Magalhães / Blog da Saúde

Voce pode acessar o texto original e outras informções no site:
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/570-destaques/34130-conheca-as-10-dicas-do-guia-alimentar-para-criancas-menores-de-2-anos

A necessidade do apego

Olá meninas, vi este texto na página Soluções para noites sem choro, e achei excelente, decidi compartilhá-lo com vocês, link para texto original no final da página. 

A necessidade do apego


Quando uma criança se agarra a um adulto, ela tenta reduzir o seu alto grau de excitação física e seus elevados níveis de substâncias químicas estressantes. Ao mesmo tempo, tenta ativar as preciosas substâncias cerebrais que produzem sentimentos de bem-estar. Ela não pode conseguir sem sua mãe, que é sua base neuroquímica infalível. A criança não é mimada nem quer “chamar a atenção” quando se agarra. Ela se sente insegura e procura ajuda. Ao agarrar-se, ela pretende um equilíbrio emocional mais tranquilo e positivo.
 O que revelam as pesquisas


Os estudos demonstraram que quando a criança cumpre um ano, as mães que tinham atendido rapidamente o seu choro tinham filhos que choravam muito menos que aquelas que haviam optado por deixar chorar. Apesar que alguns pensam que as crianças se apegam porque foram muito mimadas e queridas, “mal acostumados” por excesso de atenção, não há provas que corroborem a teoria segundo a qual o apego ansioso é resultado do afeto e atenção excessivas por parte dos pais.

O apego prolongado é muito mais provável quando os pais não responderam bem às necessidades de dependência do seu filho. Alguns pais obrigaram a criança a ser independente enquanto ela ainda não se encontrava geneticamente madura para isso.

Quando deixa de ser apegado?

Os pais muitas vezes temem que o desconsolo de seus filhos no momento da separação não desapareça. Mas, quem ouviu falar de um adolescente que se desfaça em lágrimas quando seus pais lhe dizem que vão ao cinema de tarde? Quando a criança cresce, o sistema de angústia da separação do seu cérebro inferior se debilita de forma natural. Na puberdade, o aumento de testosterona e de estrogênios o suprimem mais ainda. A afirmação: “Se aceito que ele se apegue tanto agora, ele nunca vai ser indepente” é inexata em termos de desenvolvimento físico e cerebral da criança.

Algumas crianças que não receberam uma resposta emocionalmente válida entram num estado de falsa independência. Eles têm profunda vergonha de sentir uma necessidade desesperada de afeto e deparar-se con um rechaço ou uma crítica, ou que lhes digam que já são grandinhos para isso. Para fazer frente a essa dor, algumas crianças adotam uma atitude de: “Não preciso da mamãe!”, endurecem seus corações e desenvolvem uma insensibilidade emocional para suas necessidades afetivas. Isso pode provocar todo tipo de problemas, de amores atormentados ao medo às relações íntimas na idade adulta.

Se o seu filho se agarra a você, lembre-se do grande investimento que você fará na sua saúde mental a longo prazo se você lhe responde com afeto e consolo. Lembre-se dos efeitos duradouros anti-estresse da ativação da ocitocina, que deriva do afeto físico. Lembre-se dos estudos de outros mamíferos, que demonstram que os bebês que recebem carícias afetuosas são mais capazes de afrontar o estresse, apresentam respostas muito menos temerosas frente à vida, são psicologicamente mais fortes e até envelhecem melhor!

Tradução de um capítulo do livro The Science of Parenting
Tradução de Bel Kock-Allaman

https://www.facebook.com/solucoes.noites.sem.choro

terça-feira, 8 de julho de 2014

AMAMENTAÇÃO

A amamentação é, antes de tudo, uma decisão. A melhor forma de estarmos prontas para o aleitamento materno é ter informação de qualidade
Como se preparar?
Existem algumas técnicas que ajudam a preparar as mamas para a amamentação:-
-Banho de luz

-Massagens no seio
- Não usar hidratante nos mamilos
- Deixar o mamilo em contato com tecidos de algodão.

BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO
Para a mãe:
Amamentar ajuda a emagrecer, amamentar pode gastar até 800 kcal por dia, contribui para que o útero volte ao tamanho normal. Com isso, também evita o sangramento excessivo e, consequentemente, que a mãe sofra de anemia;
Protege a mãe contra o câncer de mama e de ovário;
Amamentar é mais prático e econômico, Está sempre pronto para ser transportado e ingerido (não precisa nem aquecer.....rs).

Para o bebê:
 O leite materno é o alimento mais completo e equilibrado, pois atende a todas as necessidades de nutrientes e sais minerais da criança até os 6 meses de idade;
Fácil de ser digerido, provoca menos cólicas nos bebês;  Colabora para a formação do sistema imunológico da criança, previne alergias, obesidade, intolerância ao glúten.
A sucção ajuda no desenvolvimento da arcada dentária do bebê;

A amamentação tem papel importante no sistema nervoso da mãe, diminuindo o estresse. "Além disso, o contato com a mãe faz com que o bebê se sinta mais seguro e tranquilo, evitando o choro e a ansiedade na criança".

Desenvolvimento do bebê- 0 à 4 meses

O bebê chegou trazendo imensas alegrias e imensas dúvidas. Podemos mensurar seu desenvolvimento físico por meio do peso, altura, aferir a temperatura e estes dados, nos confortam, pois podemos perceber que nosso bebezinho cresce e desenvolve bem.
E seu desenvolvimento psicológico, como podemos saber que se seu está adequado?
Temos aqui alguns sinais que a criança está se desenvolvendo de forma saudável, fique atento a eles:
Dos 0 aos 4 meses
• Olha para o rosto da mãe enquanto está mamando.
• Reage com movimentos diante de sons mais fortes.
• Acompanha com o olhar os movimentos da mãe.
• Procura o seio da mãe para mamar quando é colocado no colo.
A relação mãe/criança neste momento precisa demonstrar uma troca, e o bebê não se mostrará passivo. De modo geral, precisa reagir ao ambiente, ao toque aos sons, aos cheiros particulares de sua casa. Mostrar que quer o seio, o colo, mostrar-se incomodado com o calor ou o frio.
Estes são importantes sinais de interação, aos quais pais, familiares e profissionais de saúde precisam se atentar bastantes nestes primeiros meses.
Também é importante que a mãe desenvolva seu jeito próprio de lidar com seu bebê, que entenda seus choros, dê significado a eles. Saiba que este chorinho é de cólica, este de fome, aquele porque quer colo, etc.
A criança precisa de alguém que vá lhe apresentando o mundo, já que é um novato, e a ajude a se encantar com cada nova descoberta. E, nestes primeiros dias,(primeiros anos seria mais adequado) tudo é descoberta, e, nós, os adultos, devemos nos permitir ao nosso próprio reencantamento ao mostrar cada detalhe para eles.
O bebê aprende e se desenvolve quando é criado pela família com amor, carinho, conversa, músicas. A família precisa organizar-se para que o bebê tenha horário de dormir, passear e tomar banho e brincadeiras. Mas tudo isso, respeitando seu próprio ritmo, sem se prender a regras rígidas, cada família deve criar as suas e ser flexível a ponto de muda-las sem maiores frustrações ou dramas.

Muitas pessoas me perguntam: “Devo atender meu bebê sempre que ele chorar? Devo pegá-lo sempre no colo?” A resposta é siiiiiim, por favor! Este momento é único e deve ser aproveitado ao máximo, sem se preocupar com regras rígidas, a rotina vai se estabelecendo aos poucos, e este contato, este sentir-se próximo, acolhido é muito importante que para que a criança se sinta segura e que o vínculo seja estabelecido. Aproveite!